Naquela praça
Sempre o via a caminhar
Cabeça baixa
Era triste o seu andar
Cabelo ralo
Na rito de expressão
Sempre tinha uma flor
Na lapela com botão
Seu moço venha cá
Me conte por favor
Porque seu riso é triste
Foi por causa do amor?
Seu moço venha cá
Preciso de atenção
Vamos dividir as mágoas
Desse nosso coração
Não se sinta perdido, seu moço
Ainda há vida, inda há querer
Não deixe as rugas do tempo
Engessar o seu viver
Seu moço abra um sorriso
Venha cá me dê a mão
Senta aqui nesse banquinho
Nesse samba meio canção
quinta-feira, 30 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Carochinha Virtual
Contos de fada que me perdoem
Mas nada supera a relação virtual
Um novo pretendente a cada clique
Ou control alt del caso tudo vá mal
É simples, fácil e rápido
Sem contrato, sem juiz, nem padre
Inventa-se do quem sou ao que faço
O que falar então do corpo e da idade?
Ah se a Dona Carochinha
Soubesse desse poder imediato
Em que cada um se transforma em segundos
De Sapo a Príncipe, de Rei a Rato
Tá logo ali a um clique
A Cinderela do Sacomã
Ou o Bonito do Leblon
Cada um na sua telinha
Ligados por um emoticon
Nesse universo de alteregos virtuais
Os personagens são cúmplices do anonimato
Alguém aí avisa a Branca de Neve
Que o príncipe fugiu com a Loira24.
Mas nada supera a relação virtual
Um novo pretendente a cada clique
Ou control alt del caso tudo vá mal
É simples, fácil e rápido
Sem contrato, sem juiz, nem padre
Inventa-se do quem sou ao que faço
O que falar então do corpo e da idade?
Ah se a Dona Carochinha
Soubesse desse poder imediato
Em que cada um se transforma em segundos
De Sapo a Príncipe, de Rei a Rato
Tá logo ali a um clique
A Cinderela do Sacomã
Ou o Bonito do Leblon
Cada um na sua telinha
Ligados por um emoticon
Nesse universo de alteregos virtuais
Os personagens são cúmplices do anonimato
Alguém aí avisa a Branca de Neve
Que o príncipe fugiu com a Loira24.
Pedido à Inhansã
Inhansã me conte
O que esse nego veio fazer
Jogou magia no meu terreiro
Enfeitiçou o meu querer
Esse nego é delírio
Tem cheiro de incenso, tem jeito de Xangô
Tem tatuagem, tem ritmo, tem malemolência
Tem espírito de guerreiro, tem forma de amor
Vou lançar meus patuás
Vou rogar ao Senhor do Bonfim
Vou subir a escadaria
Lá no beco do Arlequim
Vou pedir ao Deus das águas
Que leve esse feitiço bem longe de mim
Me livro agora das amarras desse encanto
Ou fico sem meu tamborim
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Lugar reservado
Hoje é dia da partida
Difícil mesmo de ir a pé
A viagem requer bagagem leve
Venha de sorriso maroto com gosto de café
Prometo bom humor
Levar tudo que é alegre, azul e divertido
Vou usar meu melhor vestido
E não esquecer aquela pulseira dourada
Vou rir até perder o fôlego
Contar até mil do começo ao fim
Ver a pedra pular em riacho
Sentir o orvalho e cheiro de mato
Tudo na melodia do Jobim
E você
Leva aquele chapéu engraçado
Minha medalha de guarda, pedacinho de quindim
Na entrada da ferrovia já aviso
Tem frase esquisita em latim
Se aprume, rapaz
O apito é prenúncio do esperado já
Se alguém te pedir o bilhete
Aviso que seu lugar reservado está
Difícil mesmo de ir a pé
A viagem requer bagagem leve
Venha de sorriso maroto com gosto de café
Prometo bom humor
Levar tudo que é alegre, azul e divertido
Vou usar meu melhor vestido
E não esquecer aquela pulseira dourada
Vou rir até perder o fôlego
Contar até mil do começo ao fim
Ver a pedra pular em riacho
Sentir o orvalho e cheiro de mato
Tudo na melodia do Jobim
E você
Leva aquele chapéu engraçado
Minha medalha de guarda, pedacinho de quindim
Na entrada da ferrovia já aviso
Tem frase esquisita em latim
Se aprume, rapaz
O apito é prenúncio do esperado já
Se alguém te pedir o bilhete
Aviso que seu lugar reservado está
Bitoca
Bitoca parece pipoca
Sempre pronta pra pular
De uma boca a outra
Serelepe e fulgaz
Novo gosto a encontrar
Eu bitoco, tu bicotas
Que brincadeira boa essa....
Pena que na correria da vida
Essa bitoca sempre está com pressa...
Sempre pronta pra pular
De uma boca a outra
Serelepe e fulgaz
Novo gosto a encontrar
Eu bitoco, tu bicotas
Que brincadeira boa essa....
Pena que na correria da vida
Essa bitoca sempre está com pressa...
Chuva cai
Chuva molha a alma
Mas não limpa tudo
Sempre deixa ali no canto
Viela mal varrida
É vão qualquer esforço
A purificação só vem com o fogo
Queima-me as veias, então
Dilacera devagar mas com prazer
Só assim, mesmo triste
A brasa amortece a lágrima
O oxigênio é consumido
Faltará um pouco de ar...a vida continua
Mas não limpa tudo
Sempre deixa ali no canto
Viela mal varrida
É vão qualquer esforço
A purificação só vem com o fogo
Queima-me as veias, então
Dilacera devagar mas com prazer
Só assim, mesmo triste
A brasa amortece a lágrima
O oxigênio é consumido
Faltará um pouco de ar...a vida continua
Fuga
De repente é furacão
Que mexe com todas as gavetas
Revira todos pensamentos
De repente é calmaria
Que traz uma tristeza serena
Mas que deixa gosto amargo
É assim sem você perto
Calor tórpido
Saudade que sufoca
Por que tamanha dicotomia?
É vã qualquer filosofia...
Deito, tento dormir, mas abro os olhos e lá você está
Escapa dos sonhos e abre minha mente de novo
Preciso fugir de mim mesma
Prá encontrar alguma paz
Será possível?
Que mexe com todas as gavetas
Revira todos pensamentos
De repente é calmaria
Que traz uma tristeza serena
Mas que deixa gosto amargo
É assim sem você perto
Calor tórpido
Saudade que sufoca
Por que tamanha dicotomia?
É vã qualquer filosofia...
Deito, tento dormir, mas abro os olhos e lá você está
Escapa dos sonhos e abre minha mente de novo
Preciso fugir de mim mesma
Prá encontrar alguma paz
Será possível?
Laço de fita
Fiz-me menina com você
Como se não tivesse passado
Como se nascesse ao estar contigo
Soltei as amarras
Vislumbrei o abismo à frente
Mesmo assim ele me engoliu
No corpo, chave
Na mente, resposta
Nenhuma fala, todo entedimento
Tudo era toque, mente, entrega
Nessa infância
Nos perdemos no parque das emoções
Deslizamos em devaneios
O tempo falou mais alto ao ouvido pueril
Rasgou os desenhos que fizemos dos sonhos
A tristeza consumiu a força da criança
Hoje a menina vê-se mulher no espelho
Rugas internas, com candura triste
Onde está meu laço de fita encantado
Ficou em mim ou você?
Como se não tivesse passado
Como se nascesse ao estar contigo
Soltei as amarras
Vislumbrei o abismo à frente
Mesmo assim ele me engoliu
No corpo, chave
Na mente, resposta
Nenhuma fala, todo entedimento
Tudo era toque, mente, entrega
Nessa infância
Nos perdemos no parque das emoções
Deslizamos em devaneios
O tempo falou mais alto ao ouvido pueril
Rasgou os desenhos que fizemos dos sonhos
A tristeza consumiu a força da criança
Hoje a menina vê-se mulher no espelho
Rugas internas, com candura triste
Onde está meu laço de fita encantado
Ficou em mim ou você?
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